terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

TREINAMENTO FUNCIONAL




O treinamento funcional recebe esse nome, pois os exercícios realizados nesse
tipo de treinamento trabalham qualidades físicas como agilidade, lateralidade, coordenação motora, percepção do sistema nervoso em relação ao movimento (propriocepção), equilíbrio, entre outras, que são necessárias para a execução dos movimentos tanto da vida cotidiana quanto sendo adaptados e específicos para os esportes.

Os exercícios de musculação convencional possuem movimentos com características
mais isoladas, já no treinamento funcional o corpo utiliza diversos músculos para manter a estabilidade corporal, ou seja, a posição correta do corpo para a execução do exercício.

A funcionalidade está no dia a dia, onde utilizamos movimentos com o corpo inteiro, sendo necessária a participação de músculos estabilizadores, principalmente do tronco (chamados de região CORE), para que esses possam ser executados de forma correta, minimizando compensações posturais e riscos de lesões e/ ou dores por má postura na execução de tarefas.

Exercícios funcionais são excelentes para trabalhar o corpo como um todo, melhorar os
movimentos específicos do cotidiano, podem se tornar específicos para melhora do desempenho nos esportes, previne lesões (por melhorar a propriocepção), melhora a consciência corporal, coordenação motora e melhora a postura.

TREINAMENTO FUNCIONAL E HIPERTROFIA MUSCULAR

Devido a grande participação muscular exigida, o treinamento também eleva
consideravelmente o metabolismo, mas por essa mesma razão, o treinamento
funcional NÃO é a melhor opção para quem almeja unicamente a hipertrofia
muscular, para esse fim o melhor são os exercícios de musculação de isolamento,
onde cada músculo pode ter o maior estímulo separadamente.

Mesmo não sendo específico para o crescimento muscular, o treinamento funcional não pode ser negligenciado na periodização de quem almeja esse objetivo. Com um aumento
da solicitação dos músculos estabilizadores, níveis de força também são aumentados, fazendo com que o praticante consiga suportar maiores cargas e conseqüentemente elevar o nível de estresse mecânico imposto ao músculo, característica importante no treinamento de hipertrofia.

TREINAMENTO FUNCIONAL NO PROCESSO ANTIENVELHECIMENTO

Uma das melhores aplicabilidades do treinamento funcional, se não a melhor, se insere no contexto dos exercícios antienvelhecimento, onde a manutenção da saúde física ao longo do tempo é o objetivo.

No processo de envelhecimento há uma queda da capacidade do sistema nervoso central em processar sinais visuais, vestibulares e proprioceptivos, além da diminuição de fibras sensoriais que inervam receptores periféricos, redução do número de neurônios e do diâmetro das fibras nervosas, alteração potencial das unidades motoras e menor velocidade de condução de impulsos a todos os neurônios motores.

Todas essas alterações colaboram para uma menor capacidade funcional do idoso, comprometendo consideravelmente seu equilíbrio, diminuindo sua capacidade de realizar tarefas e consequentemente sua autonomia, aumentando o risco de quedas, que pode comprometer consideravelmente a saúde do indivíduo de idade avançada em alguns casos levando até mesmo a óbito.

O treinamento funcional em conjunto com o treinamento de musculação convencional,
importante para atenuar ou até reverter a perda de massa muscular que ocorre com avanço da idade (sarcopenia), atuam como uma verdadeira terapêutica na manutenção da saúde física do idoso, proporcionando condições para que o mesmo possa usufruir da vida com qualidade por mais tempo!!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Centro de Estudos do Exercício Físico Aplicado à Terceira Idade


Na foto apareço com os colegas de pesquisa: fisioterapeuta Thiago Bonardi e o personal trainer especialista em musculação Gil Campos, com a paciente participante do protocolo de pesquisa Selvina Rafachine de 86 anos. Esse experimento faz parte da minha dissertação de mestrado, onde realizamos o teste de 1 RM em idosos acima de 80 anos e avaliamos o comportamento pressório e a ocorrência de dores tardias ou lesões. Essa pesquisa se relaciona ao aumento do número de idosos de idade mais avançadas e o incentivo do exercício físico para essa população visando melhora da qualidade de vida. Com isso investigamos a segurança do exercício para que os idosos possam aproveitar o máximo de seus benefícios com segurança tanto do ponto de vista cardiovascular quanto ortopédico.